No verão do ano passado as redes sociais foram invadidas por vídeos de pessoas que tomavam banho com baldes de água gelada enquanto apelavam a donativos às organizações que apoiam os que sofrem de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), uma doença neuro degenerativa que afeta as células nervosas motoras.
A mobilização foi total, com figuras públicas como Mark Zuckerberg (fundador do Facebook), a atriz Jennifer Lopez ou próprio presidente Obama a participar no desafio.
Em Portugal, a APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica conseguiu angariar cerca de 200 mil euros com a campanha.
Cerca de 50 mil euros foram direcionados para apoiar o Projeto MinE, uma iniciativa internacional que tem como objetivo descobrir a causa genética da doença para ser mais fácil desenvolver a sua cura. A nível global o objetivo é conseguir reunir 15 mil perfis de doentes com ELA, mais 7500 de não doentes.
No caso da APELA, o objetivo é conseguir 200 perfis, mas o dinheiro angariado no ano passado não foi suficiente para cumprir esse objetivo. Por isso, a APELA volta a apelar ao Ice Bucket Challenge para financiar este projeto de investigação científica, essencial para melhorar a qualidade de vida dos doentes.
No ano passado, tudo começou depois de um ex-jogador da primeira liga de basebol norte-americana ter sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ALS na sigla inglesa, também conhecida como doença de Lou Gehrig), e de ter feito um vídeo em que despejava um balde de água sobre si próprio, na esperança de que o gesto insólito alertasse para a doença.
Por mais descabida que a ideia possa parecer, a verdade é que resultou.
Em Portugal, entre 600 e 700 pessoas sofre de esclerose lateral amiotrófica, a mesma doença da qual padecia o músico Zeca Afonso.