A imaginação de quem controla o futebol mundial é fértil, já se sabia. Desde os tempos em que João Havelange e o seu fiel escudeiro Sepp Blatter transformaram a FIFA numa imparável máquina de fazer dinheiro que os jogadores e equipas de todo o mundo, sobretudo da Europa, têm sido chamados a espremer-se até ao tutano para corresponder e prestigiar mais e mais competições, espalhadas pelos recantos mais longínquos do planeta onde haja público e, sobretudo, patrocinadores dispostos a gastar dinheiro para ver jogar os maiores craques globais. Numa primeira fase, foi de louvar o esforço de retirar a europeus e sul americanos o privilégio de organizar Campeonatos do Mundo, levando o futebol a conquistar novos públicos noutras partes do Globo. Fazia sentido. O futebol era há muito um desporto que despertava paixões em inúmeros países na Ásia, na América do Norte e em África às quais importava corresponder e fomentar. Daí a alimentar o capricho das multimilionárias monarquias do Golfo, que viram no futebol a forma de tentar limpar a imagem das suas ditaduras, foi um piscar de olhos.
Ideia de génio