Ainda não teve a oportunidade de ver uma aurora boreal? Segundo os meteorologistas espaciais este fenómeno vai continuar a poder ser visto em locais menos habituais, como em Portugal, noticiou na terça-feira a agência Associated Press (AP). A boa notícia tem na base a previsão de novas tempestades solares fortes que permitem que estes espetáculos de luz e cor sejam vistos mais a sul no hemisfério norte.
Um fenómeno recorrente nos círculos polares, as auroras boreais raramente ocorrem em países como Portugal, Dinamarca, Suíça ou alguns estados dos Estados Unidos. No entanto, fortes tempestades solares em maio e outubro deste ano desencadearam auroras boreais que encheram o céu de tons de rosa, verde roxo, verde e azul e que puderam ser vistas onde normalmente não são. Mas o que é uma aurora boreal? E como é que a atividade solar influência este fenómeno?
O que é uma aurora boreal?
Caracterizadas pelos feixes de luz e cor com que iluminam o céu, às auroras boreais são fenómenos naturais causados pela colisão de partículas carregadas de eletricidade, vindas do sol, com a atmosfera terrestre. No hemisfério norte chama-se aurora borealis e no sul, aurora australis.
Porque é que vão ser mais frequentes?
De acordo com um anúncio feito por meteorologistas espaciais esta terça-feira, o sol encontra-se atualmente na fase máxima do seu ciclo, o que torna estes ‘surtos’ solares – e as auroras boreais – mais frequentes.
Com um ciclo de atividade de 11 anos, a atividade da nossa estrela vai crescendo e decrescendo ao longo do ciclo. Atualmente, está a atingir um pico de atividade, o que faz com que aconteçam várias explosões na sua superfície que emitem grandes quantidades de matéria e energia para o espaço. Estas tempestades solares, ao encontrarem a Terra no seu caminho, desencadeiam as auroras boreais e outros fenómenos.
Segundo a NASA e a agência norte-americana para os Oceanos e a Atmosfera (NOAA) esperava-se que este período ativo durasse pelo menos mais um ano, embora o momento em que a atividade solar atingirá o pico só será conhecido meses depois do facto.
Este ciclo solar produz auroras mais coloridas mais a sul e é provável que novas surjam nos próximos meses. “Ainda podemos conseguir alguns bons espetáculos nos próximos meses”, explicou Kelly Korreck, da NASA.
As tempestades solares podem também interromper temporariamente a energia e as comunicações. A tempestade que ocorreu em maio deste ano foi a mais forte em duas décadas e produziu auroras boreais que foram vistas em todo o hemisfério norte.