O célebre teste cego para medir preferências entre a Coca-Cola e a rival Pepsi está para o neuromarketing como o teste do balão para o consumo de álcool: uma “radiografia” ao cérebro é capaz de desvendar o porquê de a Coca-Cola vender mais do que a Pepsi – apesar de se equivalerem quanto às preferências no sabor –, da mesma forma que o alcoolímetro indica a taxa de álcool no sangue.
Foi em 2004 que investigadores norte-americanos demonstraram a razão científica por detrás da primazia de uma bebida sobre a outra. Com recurso a ressonâncias magnéticas funcionais, puderam testar e inferir que, quando os participantes saboreavam os dois refrigerantes sem estarem identificados, ativavam a mesma zona do cérebro, ligada às emoções, quer tivessem gostado mais de Coca-Cola ou Pepsi. A mera experiência sensorial equiparava as duas marcas, também, quanto ao número de pessoas que disseram preferir o sabor de uma ou de outra.