Antes de sair de casa e ir para a fila à porta da farmácia ou calcorrear a cidade à procura de postos de testagem à Covid-19, experimente fazer a marcação de teste online numa plataforma com assinatura portuguesa. Sem qualquer desespero, guardem-se estes dois sites para, de modo mais fácil e intuitivo, fazer a marcação de qualquer tipo de teste (PCR ou antigénio) que detete o coronavírus. Através da Associação Nacional das Farmácias (ANF) a marcação faz-se em agendamento.farmaciasportuguesas.pt e na Cruz Vermelha Portuguesa em testescovidcvp.pt.
O que interessa à The Loop Co, uma startup tecnológica sediada em Coimbra, é criar aplicações e plataformas de que tornem a “experiência do utilizador” mais “fluída e intuitiva”. Fundada há cinco anos, inicialmente com projetos na área da economia circular, como a reutilização de manuais escolares (Book in Loop) ou a compra e venda de artigos de puericultura (Baby Loop), começaram a diversificar as áreas de negócio e esta é a segunda incursão na área da saúde – já trabalham com o P5, Centro de Medicina Digital da Universidade do Minho, sobretudo na vertente da saúde mental.
O objetivo de cerca de uma centena de jovens entre os 20 e os 30 anos que trabalha na The Loop Co é que “tanto os cidadãos comuns como os profissionais de saúde tenham uma experiência de marcação de teste fácil, simples, intuitiva e informativa”, descreve João Rodrigues, 31 anos, diretor de tecnologia da empresa.
De modo a detetar e isolar os casos positivos de forma precoce, prevenindo a disseminação do SARS-CoV-2 e monitorizar a sua evolução epidemiológica, os testes rápidos de antigénio efetuados nas farmácias e laboratórios aderentes ao regime excecional de comparticipação vão continuar a ser gratuitos, pelo menos, até 31 de dezembro.
Entre 21 de novembro e 5 de dezembro foram realizados 368 470 testes antigénio nas farmácias.
São cerca de 300 os postos de testagem, entre as farmácias da ANF e a Cruz Vermelha, que fazem parte desta plataforma que desde maio deste ano, em cerca de sete meses, já agendou meio milhão de testes. Na hora de marcar, os utentes podem ativar a localização no telemóvel e ver os locais mais próximos e a disponibilidade ou pesquisar por distrito e concelho e fazer a calendarização. Outra vantagem é a introdução de todos os dados pessoais necessários para a submissão dos testes no sistema do Ministério da Saúde, como nome completo, número de utente, número de Cartão de Cidadão, morada, telefone. “A parte burocrática, a que mais demora em todo o processo, antecipamos para o momento do agendamento”, explica João Rodrigues.
Feita a marcação, a pessoa recebe por mensagem ou e-mail o número da marcação com um QR Code. E em alguns casos até o pagamento pode ser feito na aplicação no momento de marcar.
Para os profissionais de saúde que trabalham na realização de testes também existem vantagens. Além de a plataforma validar os dados do utente, identificar a amostra e a sua recolha, a introdução dos resultados são comunicados, em simultâneo, à plataforma do Ministério da Saúde e ao utente. O que em outros locais acontece de forma manual, ou num sistema à parte que faz a importação dos dados, nesta plataforma “é um processo todo automatizado, o que o torna mais eficiente, integrado e rápido.”
A plataforma da The Loop Co também está preparada para, no caso da Cruz Vermelha, operações de saúde pública em que a testagem em massa acontece, por exemplo, em escolas, estabelecimentos prisionais, lares, hospitais. Outra nova funcionalidade é o interface direcionado para as Autoridades de Saúde, em que estas podem fazer as marcações dos testes, à medida que lhes chegam os casos suspeitos de Covid-19.
E, como os testes continuam a ser uma das formas mais seguras e fiáveis de antecipar a infeção, nada como agendar já os próximos e evitar filas exasperantes ou ruturas de stock.