Após a variante Alpha (Reino Unido), que alarmou pela velocidade de transmissão, e as variantes Beta (África do sul) e Gamma (Brasil), que obrigaram a confirmar a eficácia das vacinas, nos últimos meses, o mundo vê-se a braços com a variante Delta, a mais recente cartada que o SARS-CoV-2 jogou contra nós. Com origem na Índia, chegou aos Estados Unidos da América, onde já é responsável por cerca de 10% das novas infeções, e à Europa, onde, em países como o Reino Unido, a percentagem ultrapassa mesmo os 90%, substituindo-se à variante Alpha.
Travar o avanço da variante Delta, 64% mais transmissível do que a Alpha, é agora a prioridade do governo britânico, que decidiu adiar o desconfinamento do país mais um mês, para dia 19 de julho, dando tempo e margem de manobra ao Serviço Nacional de Saúde britânico para vacinar mais pessoas com duas doses. Consciente do aumento de novos casos e internamentos registado na última semana, o primeiro-ministro, Boris Johnson, referiu, no entanto, que não é possível eliminar a Covid-19 e que “temos de aprender a viver com ela”.