Ao entrar no elevador do condomínio em Lower East Side, Manhattan, que o levaria diretamente ao seu apartamento, um indivíduo vestido de preto e com uma máscara, seguiu Saleh. Os detetives acreditam que o atacante mobilizou a vítima com uma arma de choques elétricos e que riria depois a decapitá-lo e a desmembrá-lo com uma serra elétrica.
Foi às três horas e meia da tarde de dia 14 que a irmã do empresário de 33 anos decidiu visitar o seu irmão depois de um dia sem ter notícias dele. Ao entrar no apartamento, deparou-se com o corpo desfigurado e ligou à polícia.
Investigadores acreditam que a irmã tenha interrompido o trabalho do criminoso de esquartejar a vítima, visto que a motoserra ainda se encontrava ligada à tomada, ao lado do tronco de Saleh.
A cabeça e os membros inferiores e superiores foram encontrados posteriormente dentro de sacos de plástico no interior apartamento.
Pensa-se que o transgressor tenha fugido pela porta de trás do apartamento e através das escadas do prédio, assim que ouviu alguém a entrar em casa.
Fahim Saleh desenvolveu vários projetos desde tenra idade. Quando ainda frequentava o ensino secundário, criou o PrankDial.com, um site de partidas por chamada telefónica. Na primeira semana ganhava 20 euros por dia e com o passar dos anos, os lucros ultrapassaram os 10 milhões de euros.
Continuou a criar e a vender sites durante a sua juventude e durante os anos em que frequentou a Bentley University, onde se licenciou em 2009.
Em 2015 decidiu investir o seu tempo no Bangladesh, onde criou, com a ajuda de outros dois empresários, a Pathao, uma empresa que começou por ser um serviço de entregas em bicicletas e motos, mas que é agora uma aplicação de ridesharing, entregas de comida e até serviços de correio. Sahem despediu-se da empresa em 2018, mas o seu impacto foi notório.
“O Fahim acreditava no potencial da tecnologia para transformar vidas no Bangladesh e não só”, disse a empresa num comunicado na sua página do Instagram. “Ele foi, e sempre será, uma grande inspiração para a Pathao e para o nosso ecossistema”.
Em 2018 criou a Gokada, tentado alcançar em Lagos, Nigéria, o sucesso que alcançou no Bangladesh.
A empresa fez mais de 5 milhões de dólares e contratou mais de 800 motoristas mas, quando Lagos proibiu o uso comercial de motos na cidade, a Gokada foi obrigada a alterar o seu negócio para um serviço de entregas de encomendas e comida.
A família de Saleh descreve, num comunicado, o impacto positivo que o empreendedor deixou no mundo. “A sua mente brilhante e inovadora levou todos aqueles que faziam parte do seu mundo numa jornada e garantiu que nunca deixou ninguém para trás”.