Depois dos passeios com animais de companhia, deve ser sempre feita a higienização das suas patas, principalmente aos que passam a maior parte do tempo no interior das casas. Agora, devido à propagação da Covid-19, essa limpeza torna-se ainda mais indispensável, já que, como se sabe, o vírus pode manter-se de várias horas a dias nas superfícies e, dessa forma, os animais podem transportá-lo para dentro das casas.
Dependendo do tipo e duração do passeio, “pode ser suficiente uma boa lavagem das patas com sabão azul e branco, sem esquecer as áreas interdigitais das almofadas”, explica à VISÃO Filipe Garrido, médico veterinário dos Veterinários Sobre Rodas. “O sabão e sabonetes que usamos em casa podem não destruir o vírus mas garantem que ele não fica na pele. Através da sua remoção mecânica, acaba por não sobreviver muito tempo sem um hospedeiro para se replicar”, esclarece.
Mas, caso se pretenda realizar uma limpeza mais profunda, a Organização Mundial de Saúde recomenda, no seu site oficial, várias soluções caseiras para desinfeção das mãos e que, de acordo com o veterinário, podem ser realizadas para a lavagem das patas dos cães, submergindo-as num recipiente. Desta forma, diz Filipe Garrido, garante-se que o vírus é destruído.
Um bom exemplo que pode ser feito em casa é uma solução de 80 ml de álcool 96%, 5 ml de água oxigenada e 15 ml de água. Devem, também, adicionar-se umas gotas de glicerol, parafina ou algum lubrificante indicado. Se não for possível, é importante colocar-se um creme nas patas do cão, já que, a longo prazo, esta solução pode afetar a integridade da pele, assim explica o médico. Como a estrutura do vírus varia, deve ser sempre consultado qual o método mais eficaz para a sua destruição”, esclarece Filipe Garrido.
A lixívia, a água oxigenada e o álcool, por exemplo, atuam sobre o vírus fazendo a lise – rebentamento – da sua membrana e cápsula viral, tornando-se mais eficazes na sua destruição. Mas, ao contrário do que muitos possam pensar, a lixívia não é uma boa opção para a limpeza das patas dos cães, já que pode provocar problemas de saúde. “A lixívia tem o potencial de causar dermatite de origem química, sendo uma porta de entrada para outros agentes bacterianos e virais”, explica o veterinário.