Na sexta feira foram publicados os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística sobre o trabalho voluntário em Portugal, relativos ao ano 2018. No total, 695 mil pessoas participaram em atividades de voluntariado.
E as mulheres foram as mais altruístas. Houve mais 70 mil mulheres a participar em trabalhos voluntários do que homens. Porque são mais do que homens em termos populacionais? Também não é desculpa. Se olharmos para a taxa de voluntariado (o número de voluntários em relação ao número total de pessoas), esta é superior no sexo feminino (8,1%) do que no sexo masculino (7,6%).
Em relação à faixa etária dos voluntários, também existe uma análise bidirecional. Ou seja, se olharmos para o gráfico do lado esquerdo, concluimos que existem muito mais pessoas com idades compreendidas entre os 25 e os 44, ou entre os 45 e os 64, a participar em atividades de voluntariado. Contudo, é mais fiel compara os números se tivermos em conta o número total de pessoas existentes em cada faixa etária, e analisando o gráfico do lado direito, são os jovens quem mais se dedicam a estas atividades.
São cada vez mais as formas que as pessoas têm de participar em atividades de voluntariado. Para além de um experiência distinta, são também uma mais-valia para o currículo, um fator que muito empregadores têm em conta no momento de contratar. Segundo os dados do INE, a taxa de voluntariado foi maior na população desempregada (10,5%) do que na população empregada (8,8%).
Por fim, olhamos para a taxa de voluntariado por estado civil. Solteiros e divorciados são quem, em termos percentuais, mais se envolveram neste tipo de programas:
Neste estudo consideraram-se os dois tipos de trabalho voluntário: o formal, isto é, através de uma organização (ex. voluntariado como professor ou tutor numa organização; participação em ações de um Banco Alimentar, entre outros) e o informal que considera o trabalho voluntário feito diretamente por um indivíduo a outros indivíduos não residentes no alojamento, não pertencentes ao agregado familiar e com os quais não mantenha uma relação familiar (ex. explicações gratuitas para o filho de um vizinho, amigo, etc).