Um investigador da Universidade britânica de Nottingham Trent concluiu que falar consigo próprio pode ser uma ajuda preciosa na hora de resolver problemas. Tão preciosa que os participantes no estudo cometeram 78% menos erros quando pensavam em voz alta do que quando raciocinavam apenas “para dentro”.
Foi pedido a 35 pessoas que resolvessem um jogo complexo de cartas, que implicava detetar padrões em sequências de números, cores e formas. O baralho continua 48 cartas e, para dificultar, os padrões mudavam continuamente. Quando tentavam realizar a tarefa em silêncio, os participantes cometeram 45 erros, mas o número baixou para apenas 10 quando descreviam o que estavam a fazer e no estavam a pensar durante o processo.
Estes resultados foram apresentados pelo autor, Christopher Atkin, na conferência anual da Sociedade de Psicologia britânica, que decorreu na semana passada. “Esta descoberta pode ser explicada pela clareza que pode trazer verbalizar uma atividade, ou ‘pensar alto'”, afirmou o investigador, explicando que dizer as palavras em voz alta foca a atenção e a concentração.
Quanto ao efeito de falar sozinho ser visto “como uma coisa ligeiramente inaceitável”, Atkin acredita que compensa. E as aplicações são várias: Desde “quebra-cabeças como sudoku ou palavras-cruzadas, montar móveis ou encontrar o caminho de carro.”