Os cigarros eletrónicos atingiram o mercado em força. Mas sabe-se agora, de acordo com vários investigadores, que estes aparelhos de vapor podem “danificar as células”, da mesma forma que o tabaco que se encontra tipicamente à venda, provocando doenças pulmonares crónicas.
Um estudo publicado no Journal of the Federation of American Societies for Experimental Biology fez uma comparação entre os efeitos nas células dos cigarros eletrónicos e dos cigarros comuns. Para isso, os investigadores expuseram células epiteliais bronquiais humanas – tratam-se de células que constituem o revestimento dos brônquios e que transportam o ar para os pulmões – ao vapor do cigarro eletrónico, durante uma a seis horas.
A equipa descobriu que a exposição mínima ao vapor do cigarro eletrónico, uma hora apenas, interrompeu “significativamente” o processo de troca de oxigénio nos pulmões. Por outras palavras, isto quer dizer que o impacto que tem no organismo é o mesmo que o fumo do cigarro comum.
Mas o que faz o vapor, afinal? De acordo com este estudo, danifica os “sacos de ar” chamados alvéolos e estes não conseguem, por isso, regenerar-se uma vez que o processo de homeostase proteica é interrompido. O que significa que diminui a troca de oxigénio nos pulmões e estes não conseguem, também, oxigenar o sangue.
Os especialistas consideram estes resultados “significativos”.