O estudo foi realizado pela Agência Nacional de Pesquisa Económica, nos Estados Unidos, contou com a presença de 152 pais com filhos entre os 3 e os 5 anos de idade. A ideia foi simples: os pais apenas teriam de virar duas moedas, com um lado verde e um azul. Se ficassem com o lado verde para cima, os participantes ganhariam um prémio de quase 10 euros ou um brinquedo para a criança. Depois dos investigadores abandonarem a sala, foi pedido aos pais que escrevessem o resultado (verde ou azul) com as crianças no quarto ou sozinhos.
A comparação dos resultados concluiu que os pais tinham uma menor tendência para mentir em frente às filhas do que em frente aos filhos.
O Dr. Daniel Houser, investigador na Universidade George Mason, principal autor do estudo, afirmou que “há um efeito interessante das crianças no comportamento dos pais. Se a criança está presente, os pais agem mais honestamente, mas há diferenças de género.”
Acrescentou ainda que este estudo poderá explicar as diferenças de género e a razão pela qual os homens são mais desonestos e tendem a mentir e trair mais, pois consideram o comportamento mais socialmente aceitável.
Uma investigadora da Universidade de Wisconsin, a Dra. Anya Savikhin Samek, acrescentou, a propósito do estudo, que ainda não ficou clara a razão para os pais mentirem mais em frente aos rapazes, mas que a origem está na educação, pois “por volta dos quatro anos, as crianças desenvolvem teoria de mente, o que lhes permite compreender que os outros poderão ter um conjunto diferente de factos do que aqueles que eles têm, o que por sua vez os faz perceber que é possível enganar as pessoas.”