A reportagem da VISÃO visitou as praças de portagem da A5 – Autoestrada de Cascais e da A1, em Alverca. E diversos funcionários confirmam que as cartas de rescisão continuam a chegar.
No caso da A5 (a autoestrada com maior tráfego do país), os operadores de serviço confirmam que 20 colegas já receberam cartas de rescisão de contrato de trabalho. Os funcionários da praça de portagem de Carcavelos avançam com a data de 1 de Agosto para o início do funcionamento das máquinas automáticas.
A Brisa – Autoestradas de Portugal está a implementar, na sua rede, o sistema de pagamento de portagens semiautomático. Trata-se da introdução do novo sistema de realização das transações.
O sistema “Via Manual” já está implementado na rede Brisa (A17 – Autoestrada do Litoral Centro), desde 2008, e na rede Atlântico (A15 – Autoestrada Caldas da Rainha/Santarém), desde o início deste ano.
No comunicado divulgado, esta quinta feira, a Brisa defende que a introdução deste sistema permitirá modernizar o modelo de cobrança de portagens e aumentar a capacidade de serviço e operacional.
Segundo o maior consórcio nacional de autoestradas, a intenção é ter permanentemente disponíveis todas a vias de uma barreira de portagem complementando a ação dos operadores e aumentando a capacidade de serviço.
O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) acusou a Brisa de estar a promover “um despedimento massivo, encapotado por rescisões por mútuo acordo de trabalhadores, para serem substituídos por máquinas”.
“A substituição de trabalhadores por máquinas pode redundar na perda de mais de 1000 postos de trabalho”, afirma o CESP.
O pagamento através da Via Manual será realizado através de um equipamento embutido na cabine de portagem. Segundo a Brisa, a operação de cobrança automática poderá ser apoiada remotamente graças a equipas de operadores que controlarão as transações através de câmaras de videovigilância. O automobilista poderá pagar através do cartão bancário, moedas e notas.