Cerca das 12:00, dois jovens do grupo ambientalista cobriram de tinta a obra “Femme dans un fauteuil (métamorphose)” (1929), de Pablo Picasso, em exibição no museu do CCB, em Belém, peça da Coleção Berardo na exposição permanente, e colaram-se à parede, segundo um comunicado do grupo.
“A obra não sofreu danos porque estava totalmente protegida com um acrílico”, assegurou Delfim Sardo, vogal do conselho de administração do CCB, contactado pela agência Lusa sobre a ação, que também não deixou estragos no museu, a não ser a tinta derramada.
No comunicado, os ativistas escreveram: “Quando soldados alemães entraram no estúdio de Picasso em Paris, onde vivia durante a II Guerra Mundial, e viram o ‘Guernica’ (a famosa obra-prima que retrata os horrores da guerra), perguntaram-lhe “fizeste isto?”. Ele respondeu ‘não, tu fizeste isto’. As instituições culpadas pelo colapso climático declararam guerra às pessoas e planeta. Temos de parar aceitar esta normalidade”.
De acordo com Delfim Sardo, os jovens, que aproveitaram um momento em que a sala se encontrava sem visitantes, foram detidos pela PSP.
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