A abertura de portas da 45.ª edição está prevista para as 16:00 e, às 19:00, vai ser transmitida nos ecrãs do recinto a mensagem de abertura pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, marcando o início da “rentrée” política dos comunistas.
Por esta altura, serão içadas 100 bandeiras do partido por elementos da Juventude Comunista Portuguesa (JCP).
No domingo, Jerónimo de Sousa sobe ao palco principal, pelas 18:00, para intervir no comício de encerramento, a poucas semanas da reabertura do ano parlamentar e a menos de um mês das eleições autárquicas.
O programa político é composto por mais de 60 debates, entre a retrospetiva e o futuro do PCP, o contexto geopolítico internacional, a luta pelos direitos laborais, pela igualdade e contra as diferentes modalidades de discriminação.
Esta edição é a segunda em pandemia, mas este ano, graças à situação mais controlada que o país está a viver, a capacidade máxima dentro da Quinta da Atalaia foi aumentada para 40.000, mais 23.000 do que em 2020, para além do regresso dos torneios de futsal.
Contudo, as medidas para mitigar a propagação do SARS-CoV-2 mantêm-se, como, por exemplo, os locais para lavagem e desinfeção das mãos espalhadas pelo recinto, circuitos de circulação, a recomendação da utilização de máscaras, o aumento das áreas de esplanada e a organização de mesas para garantir o distanciamento físico, assim como a definição de lugares sentados nos locais de espetáculos.
No plano musical, a Festa do Avante! também vai ser uma ‘ode’ à música de Zeca Afonso, em particular, ao 50.º aniversário da edição do álbum “Cantigas do Maio”. Foi lançado um repto a todos os artistas para integrarem no seu espetáculo uma música ou faixa deste disco.
Entre as novidades estão os “duetos improváveis” e entre as duplas contam-se Tim, dos Xutos e Pontapés, com Teresa Salgueiro, antiga vocalista dos Madredeus, ou HMB com Lena D’Água, e A Garota Não com Ohmonizciente.
Na música clássica, a Festa do Avante! vai estrear uma nova versão clássica da autoria do maestro António Vitorino d’Almeida para a “Carvalhesa”, música-hino da festa dos comunistas e das campanhas do PCP.
Originalmente, a “Carvalhesa” foi o hino da campanha para as legislativas de 1985, resultado de um trabalho de pesquisa em que foi escolhida uma música do “Cancioneiro Popular Português, de Michel Giacometti, que foi gravada pelo musicólogo na aldeia de Tuiselo, Vinhais, distrito de Bragança, recorda-se no jornal.
O programa da festa inclui ainda um concerto sinfónico, “A Revolução na Arte e a Arte na Revolução”, comemorativo dos 100 anos do partido, com temas ligados ao centenário da Comuna de Paris, de Hanns Eisler, Beethoven e Lopes Graça.
AFE // SF