“Há vários anos sou aquilo a que se chama ‘companheira de caminho’ do PS, concretamente do António Costa. Foi com o António Costa que comecei a ter uma atividade política mais clara”, explicou, este sábado, Marta Temido, sobre o facto de ter aderido ao PS recentemente.
Ao chegar à reunião magna dos socialistas, em Portimão, em que o secretário-geral vai ser entronizado como líder para mais dois anos e quando as atenções estavam a recair sobre as chegadas dos quatro dirigentes apontados como possíveis sucessores de Costa – Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos -, Temido disse que era óbvio esclarecimento da sua ligação ao Largo do Rato. “Era um aspeto fácil e uma opção natural”, assegurou.
Uma prova da nova militância foi o convite de Carlos César, presidente do PS, para integrar a mesa do congresso, onde recebeu um aplauso do congresso, durante o discurso de Costa.
Marta Temido, de 47 anos, chegou ao Governo em 2018, para substituir Adalberto Campos Fernandes, desgastado por algumas polémicas, como a proposta de transferência, de Lisboa para o Porto, do Infarmed – Autoridade do Medicamento. No currículo trazia a experiência de gestão em vários organismos públicos na área da saúde.
Até aos primeiros sinais de alerta de que a Covid-19 poderia estar a caminho de Portugal, em fevereiro de 2020, o mandato de Temido pautava-se por alguma confrontação com alguns setores profissionais da saúde. Foi com a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, que manteve o pior conflito nesse período pré-pandemia.