No final da sua visita ao grupo oriental dos Açores, questionado pelos jornalistas sobre até quando manterá pressão sobre o Governo na sequência dos incêndios, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que “essas tragédias impõem deveres, deveres instantes”, mas “para todos” – “não é para é para o órgão A, B, C, D”.
O chefe de Estado, que falava numa escola básica no concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, afirmou que vai “assumir até ao fim do seu mandato – com este Governo, tal como com o futuro Governo, qualquer que ele seja -, porque assume em relação a si próprio, um dever de exigência constante, para que não ocorra novamente uma tragédia como esta”.
Admitindo que talvez não tenha sido compreendido, acrescentou: “Não é uma teimosia, não é questão pessoal, não é uma questão conjuntural. É uma exigência nacional. Eu tenho tentado explicar isto, se eu não consigo explicar isto, considerando-me um razoável pedagogo e um professor, é porque há algum problema na minha comunicação, ou é porque quem ouve ou não quer ouvir ou não entende o que eu estou a dizer”.