O texto que publicámos no dia 1 de agosto, com a chamada de capa “O secretário de Estado que vendia ‘swaps’ tóxicos”, teve um papel determinante no processo que conduziu à demissão, uma semana depois, do então secretário de Estado do Tesouro, Joaquim Pais Jorge. Mas, ao mesmo tempo, colocou a VISÃO no centro de uma polémica suscitada por um comunicado do Ministério das Finanças onde se afirma que a apresentação do Citigroup ao Gabinete de José Sócrates, que foi por nós citada e propõe ao Estado contratos de swap, foi “falseada” e tem “inconsistências”. Antes de mais, é necessário afirmar que a VISÃO não publicou qualquer documento, ao contrário do que tem sido referido. Depois, é preciso dizer que a VISÃO não tem conhecimento de qualquer manipulação de qualquer documento.
A VISÃO viu os dois documentos, ligeiramente diferentes, sendo que um deles tem uma data (1 de julho de 2005) na capa e numeração nas páginas e o outro não. E que este tem um organograma (onde consta, entre outros, o nome do ex-secretário de Estado do Tesouro) e o primeiro não. Quanto ao resto, quanto à proposta de swap propriamente dita, nada de diferente detetámos nos dois “papéis” a que tivemos acesso. Não sabemos qual é o original e qual é a cópia. Não sabemos se são duas versões do mesmo documento. Não sabemos se é uma cópia de uma cópia, de uma qualquer fotocópia… Mas, em bom rigor, para a notícia que publicámos, tudo isto é irrelevante.
Leia na íntegra a história desta investigação na Linha Direta da VISÃO que está nas bancas.
Mas história não acabou. Na quinta-feira, 8, uma fonte oficial do Governo contactou a VISÃO e disponibilizou uma série de documentos que mostram outras vertentes deste caso das swaps.