“Decidi que na próxima Convenção, no termo do meu mandato como porta-voz do Bloco, não me recandidatarei a essa função”, anunciou numa “carta aos ativistas e ao povo do Bloco”, publicada na sua página do Facebook.
Na missiva, Louçã afirma que “é tempo de uma renovação da representação pública” do partido.
“A renovação da direção faz o Bloco mais forte”, defende, acrescentando que, “para pensar esse novo modelo de direção”, fez “uma única sugestão, que a nova representação do Bloco seja assegurada por um homem e uma mulher”.
Na carta, o líder do BE enumera as “vitórias” obtidas pelo Bloco no parlamento, lembra o “irmão-de-armas” Miguel Portas e agradece aos fundadores do partido Luís Fazenda e Fernando Rosas, “pela sua experiência, inteligência e lealdade ao movimento e pelo seu empenho de sempre”.
Louçã refere ainda que a sua decisão não é uma despedida e que podem continuar a contar com ele:
“Não faltarei a nenhuma das lutas a que a imaginação, a fidelidade aos valores de esquerda, a defesa do trabalho, a cultura da solidariedade nos vai levar”.