Depois de vencer a Pensilvânia e garantir 267 votos do Colégio Eleitoral, Donald Trump declara vitória na corrida à Casa Branca. Num discurso cheio do pedantismo que lhe é habitual, Trump falou do movimento que massas de conseguiu criar e disse que “a América vai voltar a ser grande”, voltando ao seu lema de sempre.
“É preciso tornar a América saudável novamente”, diz e repete o candidato republicano, depois de declarar vitória sem que os resultados ainda estejam fechados. Nos EUA, os principais meios de comunicação não fecharam ainda resultados, apesar de matematicamente ser praticamente impossível que Kamala Harris vire o jogo.
Depois de conquistar os 19 votos do Colégio Eleitoral da Pensilvânia – estado onde, desde 2008, o candidato que aí ganha consegue assento na Casa Branca – Trump declarou vitória e dirigiu-se à população assumindo o seu lugar como 47.º Presidente dos EUA.
“Não havia outro caminho, não havia outro caminho que não a vitória.”, disse o Republicano perante os aplausos de milhares de apoiantes da sua sede de campanha.
Num discurso que parecia mais uma continuidade dos seus comícios do que de vitória, Trump garantiu que vai “parar as guerras”, tornar o país saudável, recuperar a economia e a segurança – embora não tenha, em momento algum, explicado como vai conseguir fazê-lo.
Promete uma “nova era” para a América, ao lado da sua escolha para vice-presidente JD Vance, que se tornou figura central da sua campanha, e que com 40 anos terá tido um papel decisivo nesta vitória. Nos agradecimentos, Trump referiu-se a JD Vance já como “vice-presidente dos Estados Unidos”
“É mesmo um tipo combativo, não é? Digo-lhe para ir para o campo inimigo, cheia de redes de comunicação social, e muita gente diria: ‘Tenho mesmo de fazer isso?’. Vance diz: ‘Está bem, qual deles?'”.
“A América deu-nos um mandato sem precedentes e poderoso. Recuperámos o controlo do Senado e isso é bom”, continuou ainda Donald Trump, numa altura em que os Republicanos seguem também na frente em assentos da Câmara dos Representantes. “O número de vitórias [no Senado] foi absolutamente incrível”, salientou.
Donald Trump revelou também que pretende nomear Robert F. Kennedy Jr. para um papel importante na sua administração, especificamente ligado à saúde. “Bobby vai ajudar a tornar a América saudável novamente”, disse e repetiu usando o seu lema da primeira campanha presidencial: “Make America great again”. Hoje, foi alterando o substantivo – “Make America healthy again” ou “Make America safe again”- mas manteve a cadência e o tom da frase que ganhou seguidores em 2016 e lhe garantiu a reeleição esta noite.
Com a mulher, Melania, ao lado – numa rara aparição pública junto do marido, uma vez que praticamente não acompanhou Trump durante toda a campanha eleitoral – Trump foi igual a si mesmo, atirando uma série de frases desconexas que foram alternando entre aplaudir os votos de todos os grupos de eleitores e referir que a América vai voltar a entrar nos eixos.
“Vamos lutar por vocês, pela vossa família e pelo vosso futuro”, referiu Trump de olhos postos nos seus apoiantes na sede da campanha. Vamos tornar a “América forte, segura e próspera que as nossas crianças merecem, assim como vocês”. “Esta é uma vitória magnífica para o povo americano que nos vai permitir fazer da América grande novamente”.
Já JD Vance tomou a palavra para agradecer ao candidato republicano a entrada da corrida presencial e falou do “maior regresso político da História dos EUA”.
“Sob a liderança do Presidente Trump, nunca iremos parar de lutar por vocês, pelo futuro dos vossos filhos. Depois do maior regresso político da História, vamos liderar o maior retorno económico da História americana”, rematou.
Até então, a campanha democrata ainda não falou nem se manifestou sobre os resultados.