A Guarda Costeira dos EUA anunciou a recuperação de destroços do Titan com “possíveis restos humanos”. Quase quatro meses após a implosão, foi possível retirar do fundo do Oceano Atlântico Norte a cúpula de titânio do submersível com provas que as autoridades acreditam ser restos mortais dos cinco passageiros que perderam a vida.
A Associated Press garante que os destroços e as supostas provas humanas seguem para análise médica nos EUA. Estas evidências serão incluídas na investigação que está a ser feita sobre a tragédia que levou o Titan a implodir a 3800 metros de profundidade. As autoridades garantem que será marcada uma audiência pública para se revelar o que provocou o mau funcionamento do submersível.
Recorde-se que os cinco passageiros do Titan, desaparecido perto dos destroços do Titanic, foram dados como mortos pela empresa OceanGate, no dia 22 de junho. Entre as vítimas estava um pai, Shahzada Dawood, de 48 anos, e o filho, Suleman Dawood, 19 anos, membros de uma das famílias mais proeminentes do Paquistão. A sua empresa, Dawood Hercules Corp, com sede em Karachi, está envolvida na agricultura, petroquímica e infraestruturas de telecomunicações.
Segundo os especialistas, as vítimas só teriam visto criaturas marinhas durante uma parte do percurso, uma vez que os holofotes foram desligados até que o submersível atingisse o fundo do mar para economizar bateria. O submersível deveria descer cerca de 25 metros por minuto, de acordo com o New York Times, para que os participantes a bordo não sentissem movimento.
O jornal americano revela ainda que esta não foi a única missão que falhou: foram mais missões Titan abortadas do que realizadas. Os primeiros quatro mergulhos OceanGate deste ano não atingiram o Titanic. As investigações sobre a implosão ainda estão em curso depois de os destroços terem sido encontrados a cerca de 487 metros do Titanic.