A partir de dezembro, todos as crianças com mais de 7 anos vão ter de usar, dentro do recinto escolar, a nova aplicação de rastreio de Covid-19, desenvolvida pelo governo de Singapura, ou um equipamento com bluetooth (semelhante a um comando de garagem). Caso se esqueçam de levar o equipamento de rastreio, os alunos não serão barrados à entrada da instituição.
Com até nove meses de autonomia, esses equipamentos – que estão a ser distribuídos gratuitamente em centros comunitários desde setembro – oferecem uma solução prática às crianças, jovens e idosos que não têm smartphone. Podem ser usados à volta do pescoço com uma fita e os alunos são encorajados a identificá-los, uma vez que podem precisar de os remover durante, por exemplo, aulas de educação física.
A appTraceTogheter e estes aparelhos são duas tecnologias capazes de identificar cadeias de transmissão de Covid-19. Funcionam através de troca de informação via Bluetooth com outros dispositivos que se encontrem nas proximidades. Os dados recolhidos são encriptados e armazenados durante 25 dias, período após o qual são automaticamente apagados.
Esta medida é uma preparação para a uso obrigatório da app TraceTogether ou do aparelho em locais públicos visto que, em dezembro, já não será possível entrar em restaurantes, estabelecimentos de comércio, escolas ou no local de trabalho com o código QR Safe Entry, a aplicação SingPass (Singapure Personal Acces), nem com o código de barras do NRIC (National Registration Identity Card) – três métodos de identificação utilizados previamente no processo de rastreio.
Em vez disso, todos os habitantes da Singapura devem ter sempre consigo a TraceTogether ou um daqueles equipamentos.
Com esta medida, o governo espera que pelo menos 70% da população passe a utilizar regularmente a TraceTogether . O ministro da educação Lawrence Wong explicou que este número irá marcar a entrada para a terceira fase de reabertura do país.
Atualmente, 2,5 milhões de habitantes da cidade-estado (o que equivale a 45% da população) utilizam um dos dois dispositivos de rastreio. Contudo, a TraceTogether não funciona como desejado em todos os dispositivos. Em iPhones, a aplicação tem de ser executada em primeiro plano para que se verifiquem os ditos “apertos de mão” – o que impede os utilizadores de utilizarem os seus aparelhos para qualquer outra tarefa. Se a falha não for corrigida num futuro próximo, os seus utilizadores vão ter de usar os equipamentos alternativos.