Rieli Franciscato, um perito brasileiro em tribos isoladas da Amazónia, morreu depois de ser atacado por guerreiros indígenas.
Franciscato, 56 anos, fazia parte do Funai, a Fundação Nacional do Índio Brasileiro. Era contra o contacto entre povos indígenas e não indígenas – tendo passado grande parte da sua vida a criar reservas que protegessem tribos isoladas do exterior.
Apesar dos muitos anos de experiência que reunia para lidar com estas comunidades, esta quarta-feira, 9 de setembro, foi atingido por uma flecha na zona do peito aquando de um encontro com uma tribo da reserva Uru Eu Wau Wau, no estado de Rondônia.
A polícia de Rondônia contou que Franciscato estava numa missão para verificar a existência e possível contacto com uma tribo que habitava aquele local. Estava acompanhado de militares – o que, segundo o antigo presidente da Funai, Sydney Possuelo, poderá ter causado estranheza à comunidade tribal e incitado o comportamento violento.
Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência do Brasil em 2019, as tribos isoladas da Amazónia têm visto as suas reservas diminuírem rapidamente para abrir espaço a minas e grandes explorações agrícolas.
Num comunicado, o Funai disse que a morte de Franciscano foi “certamente uma resposta à crescente pressão” que a floresta e os seus habitantes têm vindo a sentir por parte do governo brasileiro.