O dia amanheceu com sol, esta quinta-feira, na aldeia de Sant Llorenç, no município de Manacor, o mais afetado destas ilhas baleares, mas nem por isso se esquecem os momentos de terror vividos por causa das chuvadas inéditas por aquelas paragens.
No entanto, as pessoas que ficaram sem casa e estavam temporariamente em pavilhões já foram realojadas.
“Ainda há quatro estradas cortadas e muito que limpar, mas estão a ser formados grupos de voluntários para limpar as ruas”, conta Catarina Pinto Machado, portuguesa a residir em Manacor, a nove quilómetros de Sant Llorenç, e proprietária de um restaurante numa aldeia vizinha.
Um total de 630 pessoas, incluindo militares, policias, bombeiros, psicólogos e outros profissionais de emergência trabalham no terreno,
Segundo as autoridades, a tempestade atingiu níveis nunca vistos naquelas ilhas, tendo-se a intempérie localizado numa estreita faixa de terra, o que levou ao transbordo de um riacho que atravessa a cidade de Sant Llorenc des Cardassar, cerca de 60 quilómetros a leste de Palma de Maiorca.
Vídeos gravados em telemóveis pelos moradores na zona mostram uma forte corrente de água e lama que enterrou carros e arrancou árvores no seu caminho pelas ruas da aldeia de 8.000 habitantes.
Vias de comunicação inundadas e carros amontoados depois de arrastados pela força da água, alguns deles ao longo da berma da estrada principal, eram uma imagem normal esta quarta-feira em Sant Llorenc e outras localidades dos arredores.
Segundo o Governo regional balear, chegaram a cair até 220 litros de água por metro quadrado nas zonas mais afetada pela intempérie, havendo entre os mortos “dois cidadãos britânicos”.