O relatório da investigação, que incidiu apenas sobre as pontes mantidas pelo Estado, não menciona os nomes das estruturas em risco, mas avança que representam um total de 7% as que estão tão danificadas que podem mesmo colapsar.
Segundo o Journal du Dimanche, que teve acesso ao relatório entregue no mês passado ao Ministério francês dos Transportes, a falta de verbas para as obras necessárias é uma das causas para aquele risco, mas também a falta de “pessoal técnico” para a manutenção.
O Governo já prometeu aumentar o investimento em infraestruturas, mas a pressão subiu de tom com a tragédia em Génova, onde esta semana morreram, pelo menos 43 pessoas, na sequência do colapso de uma ponte.
O documento diz ainda que as pontes em França só são reparadas, “em média, 22 anos depois do surgimento do primeiro sinal de deterioração”.
A ministra francesa dos Transportes, Elisabeth Borne, garante que a manutenção das pontes é a “prioridade” do Executivo, mas uma fonte do mesmo ministério considerou, em declarações à rádio France Info, que não há razão para pânico. “Quando se diz que as pontes estão em ‘mau ou muito mau estado’, é preciso ter em conta que estamos a falar de fragilidade a longo prazo. Nenhuma estrutura estará aberta ao público se não for completamente segura”.