Só a primeira parte do conjunto de documentos, “Year Zero” (“Ano Zero”, em tradução livre), contém quase 8 mil páginas de internet com quase mil anexos. A confirmar-se a sua autenticidade, trata-se de uma divulgação sem precedentes dos procedimentos dos serviços secretos norte-americanos.
Entre as informações divulgadas pelo Wikileaks consta a alegação de que a CIA e outros serviços de informação seus aliados conseguem contornar o sistema de encriptação de serviços de mensagens populares como o WhatsApp e entrar em telemóveis com o sistema operativo Android, recolhendo “tráfego de audio e de mensagens antes da encriptação”.
Segundo o comunicado do Wikileaks, o conjunto de documentos, a que deu o nome de Vault 7, tem “circulado entre antigos hackers do governo e prestadores de serviços de forma não autorizada”, um dos quais forneceu parte do arquivo ao Wikileaks.
Os documentos datam de 2013 a 2016 e o Wikileaks descreve-os como “a maior publicação de sempre de documentos confidenciais sobre a agência”.
Ao The New York Times, um ex-funcionário dos serviços de informação avança que os nomes de código dos programas da CIA e outras informações parecem genuínos.
A agência ainda não se pronunciou sobre o caso.