Dois irmãos de apelido El Bakraoui, que tinham já ficha na polícia mas não por terrorismo, foram identificados entre os alegados bombistas suicidas dos atentados de terça-feira no aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, informou hoje a emissora pública RTBF.
Um deles, Khalid, tinha alugado, com uma identidade falsa, a casa na Rue du Dries, no bairro de Forest, onde no passado dia 15 de março ocorreu um tiroteio em que um dos suspeitos morreu e outros dois fugiram, incluindo Salah Abdeslam, implicado nos atentados de Paris e que acabou por ser posteriormente detido.
Khalid e Ibrahim El Bakraui, ambos de Bruxelas, estavam nos registos da polícia por atos de vandalismo, mas não por crimes ligados a terrorismo, esclarece a RTBF.
Duas explosões aconteceram no aeroporto de Zaventem, com um intervalo de vários segundos, cerca das 07:00 de terça-feira na zona de venda de bilhetes da Brussels Airlines e American Airlines.
Aqui morreram 14 pessoas e outras cem ficaram feridas. Na estação de metropolitano de Maalbeek, a apenas 200 metros da sede da Comissão Europeia, uma terceira explosão, ocorrida cerca das 08:10, provocou a morte a pelo menos 20 pessoas e ferimentos a outra centena.
Levaram as bombas nas malas
Os terroristas que atacaram o aeroporto internacional de Bruxelas, onde duas explosões fizeram hoje de manhã pelo menos 14 mortos, transportavam as bombas em malas que colocaram em carrinhos de transporte de bagagem.
A informação foi dada pelo autarca do bairro onde se situa o aeroporto à agência de notícias francesa, France Presse.
“Eles chegaram de táxi, com malas — as bombas estavam dentro das malas. Eles puseram as malas em carrinhos. As duas primeiras bombas explodiram”, afirmou o autarca de Zaventem, Francis Vermeiren.
“O terceiro [terrorista] também colocou a sua mala num carrinho, mas deve ter entrado em pânico, ela não explodiu”, acrescentou.
A possível presença de três terroristas foi também referida pela procuradoria federal belga, que precisou que o terceiro, o único que terá sobrevivido, está a ser “ativamente procurado”.