Donald Trump voltou à carga para defender as suas alegações de que “milhares” de muçulmanos em Nova Jérsia celebraram os ataques do 11 de setembro, recorrendo a um artido de 2011, publicado no Washington Post, assinado pelo repórter Serge Kovaleski, que sofre de uma doença congética que afeta as articulações.
Num comício na Corolina do Sul, na terça-feira à noite, o controverso candidato presidencial definiu Kovaleski como «um bom jornalista», antes de embarcar numa aparente imitação do repórter, movimentando os braços de forma pouca natural, ao mesmo tempo que dizia “Oh, não sei o que disse, oh não me lembro, talvez tenha dito isso”.
O New York Times, onde Serge Kovaleski trabalha atualmente, já classificou como “ultrajante” que “ele tenha ridicularizado a aparência de um dos nossos repórteres”.
O artigo do Washington Post, de 18 de setembro de 2001, a que Trump refere, mencionava que as autoridades de Nova Jérsia tinham “detido e interrogado algumas pessoas que foram alegadamente vistas a celebrar os atentados”.
Desde as alegações do candidato sobre os muçulmanos americanos a comemorar o 11 de setembro, o jornalista tem insistido que não se recorda de alguém falar em milhares ou mesmo centenas de pessoas a celebrar.