“A tripulação relata ‘parece Natal em julho'”. As palavras deixadas do Twitter ilustram bem a satisfação da equipa de astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI) com a chegada de uma nave russa carregada de mantimentos. O aparelho descolou sexta-feira do Cazaquistão com mais de 2,7 toneladas de alimentos, água, oxigénio e outros bens.
Apesar de as missões de reabastecimento da EEI serem consideradas rotineiras, as últimas falharam, pelo que esta era aguardada com particular expetativa por Gennady Padalka, Mikhail Kornienko e Scott Kelly, os três astronautas a bordo.
No final de junho, um foguetão que transportava uma cápsula de reabastecimento explodiu pouco depois da descolagem, na Florida, EUA. Outro foguetão, russo, perdeu o controlo e ardeu, em maio. E antes destes acidentes, em outubro, do ano passado, outro aparelho teve de ser destruído devido a um problema após a descolagem.
Segundo a NASA, a tripulação da EEI tem mantimentos e equipamentos suficientes até outubro.
“Eles fizeram um trabalho fantástico na gestão dos consumíveis em órbita”, elogia William Gerstenmaier, da agência espacial norte-americana, reconhecendo, no entanto, que é preciso atenção aos níveis de água. Um dos artigos mais importantes a bordo do foguetão que devia ter chegado à estação espacial no mês passado era, precisamente, um equipamento que filtra a água.
A EEI orbita a Terra a 400 quilómetros de altitude e completa uma volta ao planeta a cada 90 minutos.