Duas semanas depois de o CEO do Facebook, Mark Zuckerberd, ter publicado um texto onde, entre outras coisas, afirmava que esta rede social “sempre respeitou as leis de cada país, mas nunca permitiremos que um país ou grupo de pessoas restrinja o que as pessoas podem partilhar com o mundo,” o Facebook começou a censurar imagens do Profeta Maomé na Turquia.
Este episódio suscitou uma série de críticas a Zuckerberg, mas que não são novas. Isto porque, já em Dezembro, o Facebook concordou censurar a página de um dos principais críticos do Presidente Russo Vladimir Putin, Alexei Navalny, como resposta a um apelo dos reguladores russos para a internet. Antes disso, alguns críticos acusaram mesmo a rede social de apagar páginas de dissidentes na Síria e na China. Isto levou a que a organização Campanha Internacional pelo Tibete, pusesse a circular uma petição contra a alegada censura do Facebook, que conta já com 20,000 assinaturas.
Agora, e segundo a BBC, o Facebook bloqueou um número indeterminado de páginas que “ofenderam o Profeta Maomé”, depois de receber uma ordem judicial de um tribunal de Ancara. Uma pessoa próxima a todo este processo, mas que não está autorizada a falar publicamente, contou ao “Washington Post” que o Facebook atuou de maneira a “bloquear conteúdo para que não seja mais visível na Turquia na sequência de um pedido legal válido.” No passado recente, empresas de comunicação social ou redes sociais, como o Twitter ou o Youtube, que não respeitaram estas ordens judiciais, foram totalmente bloqueadas no país.