Segundo várias publicações dos países em questão, a Agência de Segurança Nacional americana (NSA) e a Agência de Inteligência Britânica (GCHQ) passaram vários anos a monitorizar os utilizadores da Xbox Live, que implica mais de 48 milhões de jogadores espalhados pelo mundo, e a infiltrar agente nas contas dos jogos Second Life e World of Warcraft.
Os agentes conseguiam extrair todas as ações feitas online, lista de amigos, geolocalização e histórico de comunicações. O documento da NSA, de 2008, “Exploiting Terrorist Use of Games & Virtual Environments” destaca o perigo que as comunidades de jogadores online representam, descrevendo-os como uma “rede de comunicação rica em alvos”.
O jogo Second Life foi considerado um risco potencial, por oferecer aos usuários a oportunidade de conversarem anonimamente através dos seus avatares, é possível deixar mensagens de voz para outros jogadores e marcar encontros virtuais entre pessoas.
Os produtores do World of Warcraft disseram que a NSA e a GCHQ nunca entraram em contacto para pedir quaisquer informações sobre o jogo ou sobre os utilizadores – “Não sabíamos de qualquer vigilância”, afirma um porta-voz da Blizzard Entertainment, empresa detentora dos direitos do jogo. “Se a espionagem aconteceu, foi feita sem o nosso conhecimento ou permissão”, acrescenta.
A Microsoft e o fundador do Second Life, Philip Rosedale, recusaram-se a comentar o assunto.
A NSA não quis, também, comentar sobre a vigilância dos jogos online. Já um porta-voz da GCHQ disse que a agência não “confirma nem nega” as revelações, mas acrescenta que “todo o trabalho do GCHQ é feito de acordo com uma estrutura jurídica e política rigorosa que garante que suas atividades sejam legais”.