A visita dos observadores da Liga tem o propósito de aferir se a promessa de Bashar al Assad está a ser comprida. O líder Sírio afirmou que pretendia acabar com os focos de violência no país.
A comitiva da Liga Árabe deverá rumar a Homs, onde os focos de conflitos são mais intensos. Na cidade, mais concretamente no bairro de Baba Amr, a onda de violência continua.
Os militares e os protestantes têm-se envolvido em confrontos. Nos últimos três dias, Homs foi bombardeada e os ativistas avançaram que 20 pessoas terão morrido. Ontem, um residente na cidade, em declarações à Sky News, pedia que a Liga Árabe “chegasse o mais rápido possível”, destacando que “existiam, de facto, pessoas a morrer”.
Em Damasco, a capital do país, a violência tem marcado a ordem do dia. A explosão de carros bomba terá vitimado 44 pessoas e provocado mais de 100 feridos.
Um dos membros da Liga Árabe informou que o grupo de observadores “terá acesso a qualquer lugar que pretenda visitar”. A deslocação da equipa foi acordada com o regime sírio, na última semana, num encontro entre o governo de Bashar al Assad e a Liga Árabe, onde foi pedido às forças sírias que retirassem as tropas das cidades em protesto.
As notícias mais recentes fornecidas por um grupo de ativistas dão conta de 11 mortes, sendo que quatro delas terão ocorrido em Homs. Esta terça-feira, segundo as organizações humanitárias, as forças sírias terão recorrido ao uso de gás lacrimogénio para dispersar “cerca de 70 mil manifestantes que rumavam até ao centro da cidade encorajados pela chegada da comitiva da Liga Árabe”.
A jornada que os membros da Liga Árabe iniciam terá paragens em Homs, Idlib, Hama, Damasco e Daraa. Estes são os locais onde os focos de tensão entre os opositores ao regime e as forças de Bashar al Assad estão mais acesos. De acordo com as palavras de Jamal Barakat, membro da Liga Árabe, os 12 membros serão “separados em diferentes grupos” com objetivo de realizar um trabalho “neutral, objetivo e transparente”.
A oposição ao regime sírio tem-se intensificado nos últimos 9 meses. Desde então, as forças do regime têm recorrido ao uso da força para terminar com as manifestações contra a liderança de Bashar Al Assad. Calcula-se que de Março até agora cerca de 5 mil pessoas tenham morrido.