António Costa ficou com mais certezas em relação ao seu futuro politico. Na ressaca das europeias, o caminho para a presidência do Conselho Europeu parece, agora, mais facilitado. Apesar do crescimento da extrema-direita, as eleições não confirmaram o “terramoto” (anunciado) no Parlamento Europeu. Os resultados mantêm o Partido Popular Europeu (PPE) como a maior família política, seguido dos socialistas e dos liberais. Com as forças pró-europeias ainda a resistirem, Ursula von der Leyen reforçou o estatuto de favorita para continuar a presidir a Comissão. Da noite eleitoral saiu a possível restante distribuição dos mais altos cargos das instituições europeias: os socialistas e democratas ficam com o Conselho Europeu e os liberais do Renovar a Europa com o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança.
Falta, porém, a escolha dos nomes. Logo no dia seguinte, os quatro chefes de governo socialistas da União Europeia – os resistentes Olaf Scholz (Alemanha), Pedro Sanchéz (Espanha), Mette Frederiksen (Dinamarca) e Robert Abela (Malta) – reuniram-se com o presidente do Partido Socialista Europeu (PSE), o antigo primeiro-ministro sueco Stefan Löfven, para decidir quem seria o seu candidato ao Conselho Europeu. Löfven nomeou Scholz e Sanchéz como os negociadores do PSE para a distribuição dos chamados top jobs.