Questionado sobre a crise que se vive no Global Media Group (GMG), o presidente da IL afirmou que, para este partido, a intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social “não é desejável”, salientando que esta é uma “posição clara”.
“A intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social é nefasta porque lhes tira liberdade, desejável é que a regulação funcione e que haja a possibilidade de encontrar modelos de rentabilidade na exploração dos negócios da comunicação social “, frisou Rui Rocha, que falava em Vila Real, à margem de um encontro com jovens.
O líder da IL começou por transmitir uma palavra “de solidariedade total” com os trabalhadores destes grupos que estão neste momento numa situação complicada”.
“Eu entendo que é necessário que, de facto, os órgãos de comunicação social encontrem um modelo de negócio que seja rentável e isso é um desafio que os próprios órgãos de comunicação social têm, assim como é um desafio também que a regulação faça o seu papel”, defendeu.
E continuou: – “Quando assistimos a determinadas operações que não parecem totalmente claras temos que dizer que a regulação eventualmente pode ter falhado e que a regulação deve ter um papel mais determinante na observação e no acompanhamento deste tipo de operações”.
Em 06 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, que detém títulos como o JN, O Jogo, Diário de Notícias, TSF, entre outros, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.
Na quarta-feira, os trabalhadores do GMG cumpriram um dia de greve contra a intenção de despedimento e os salários em atraso.
Rui Rocha começou o dia no quilómetro zero da Estrada Nacional 2 (EN2), em Chaves, e participou na conferência da Youth Academy, já em Vila Real, uma iniciativa que desafia à participação cívica dos jovens do Interior.
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