Após vários anos fora de moda, os certificados de aforro voltaram a atrair – e de que maneira – a poupança das famílias. O segredo para esta nova vida do produto, criado em 1960, está na subida da Euribor e na relutância dos bancos em melhorar os juros dos depósitos. Os números demonstram bem o apetite dos aforradores por estes instrumentos, já que, no segundo semestre do ano passado, o valor aplicado em certificados de aforro cresceu €6 683 milhões, entre novas subscrições e a capitalização de juros. Foram cerca de €37 milhões por dia. Mas a corrida a esta aplicação financeira compensará? E vai durar?
Tendo em conta os dados atuais, não parece haver grandes opções de baixo risco e com capital garantido que possam fazer concorrência a este produto de poupança do Estado. Os tradicionais depósitos bancários continuam a render pouco, e o Governo não conta – pelo menos para já, e contrariamente ao que aconteceu no passado – diminuir a atratividade dos produtos de dívida direcionados para o retalho. “Atualmente, não existe nenhuma proposta de alteração em análise”, indicou à VISÃO fonte oficial do Ministério das Finanças.