Se estivesse a disputar uma partida de ténis, o Credit Suisse seria muito provavelmente um jogador sob forte pressão, depois de ter perdido vários serviços, devido a erros não forçados. Agora, os acionistas do banco suíço depositam quase todas as esperanças em António Horta Osório. Esperam que o banqueiro português, que assumiu o cargo de chairman no início de maio, tenha a frieza, a inteligência e a estratégia acertadas para evitar que o banco venha a perder o set ou, pior, seja confrontado com a necessidade de ter de salvar um match point para não sair derrotado da partida.
Quem já dividiu os courts com o banqueiro de 57 anos garante que Horta Osório é um jogador exímio. “Foi uma demonstração perfeita de todas as qualidades que se esperaria de um chefe executivo da banca – astúcia, aversão ao risco e determinação em vencer”, escreveu Patrick Jenkins, editor do Financial Times, após uma partida, em 2012, contra o então líder do Lloyds.