“Numa altura em que nós estamos na véspera de apresentar o Orçamento do Estado para 2014, que traduz o conjunto dos compromissos que assumimos com os nossos credores oficiais no sentido de corrigir ainda a consolidação orçamental, acentuando a trajetória de uma despesa primária mais consentânea com a sustentabilidade da dívida, é evidente que a execução das medidas que então ficaram previstas pode, novamente, gerar um choque de expectativas”, afirmou Passos Coelho.
O chefe de Governo falava no congresso nacional dos economistas, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
“Nestes últimos dias, medidas que estavam previstas e descontadas há vários meses, como seja a necessidade de proceder ainda a um ajustamento dos salários do setor público através de uma tabela remuneratória única, bem como de garantir a convergência das pensões da Caixa Geral de Aposentações com o regime geral da Segurança Social, foram apresentados no espaço público de uma forma que contrai as expectativas da generalidade dos agentes, em vez de recentrar essas expectativas”, declarou.