“Se tiver de ser feito um reforço acrescido da consolidação orçamental, se tiver de haver aumento de impostos, teremos de recorrer a soluções dessa natureza, sendo elas necessárias”, disse Fernando Teixeira dos Santos no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia (UE), no domingo.
O Governo já tinha decidido um diminuir em 1% o défice previsto para 2010, de 8,3% do PIB para 7,3%.
A declaração de domingo significa que o desequilíbrio das contas de estado previsto para 2011 de 6,6% do PIB passa para 5,1%.
O ministro conta que esta alteração da trajetória inicial de consolidação orçamental signifique um aumento de confiança dos mercados financeiros na economia portuguesa.
Os ministros das Finanças da UE concluíram esta madrugada, às 2h10 (1h10 de Lisboa) uma maratona negocial em que chegaram a um acordo sobre o mecanismo de apoio financeiro em caso de necessidade de um Estado-membro.
O apoio aprovado poderá ir até 720 mil milhões de euros distribuídos por 60 mil milhões de empréstimos da Comissão Europeia, 440 mil milhões em empréstimos dos países da Zona Euro e 220 mil milhões em empréstimos do FMI.
“Espero que não venha a ser necessário” Portugal recorrer a este mecanismo, declarou Teixeira dos Santos, acrescentando que o país tem agora “de fazer o seu trabalho que é levar a cabo a consolidação orçamental”.