São boas novas para Portugal. Quase um mês antes do antecipado, 70% da população está hoje vacinada contra a Covid-19. Em sequência disso, decorre esta manhã um Conselho de Ministros extraordinário, presidido pela agora Primeira-Ministra Mariana Vieira da Silva (em substituição de António Costa), e depois das 15h30 saberemos se será antecipado o levantamento das medidas restritivas, com a passagem para a segunda fase e em que moldes. Em causa estão os aumentos das lotações de restaurantes e cafés, espetáculos culturais e eventos e ainda serviços públicos sem marcação prévia. Já o uso de máscara na via pública, quando não seja possível cumprir o distanciamento recomendado de dois metros, terá de ser revisto pela Assembleia da República, mas vai manter-se obrigatório pelo menos até 12 de setembro.
Como frisou a Ministra da Saúde ontem, será necessário ter em conta outros fatores além da meta de vacinação, como o índice de transmissibilidade, a incidência cumulativa a 14 dias e os internamentos hospitalares, informação que será conhecida no relatório de monitorização das linhas vermelhas da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional Ricardo Jorge, divulgado hoje.
Infelizmente, alcançado o número desejado dos 70%, nada muda de mais substancial nas nossas vidas. A velha normalidade é ainda uma miragem. Esta meta foi definida antes da predominância da variante Delta, com a qual a imunidade de grupo é bastante mais difícil – senão impossível – de alcançar.