Cobre-nos metade da cara, obriga-nos a sorrir com os olhos, a falar mais alto e, por vezes, a olhar com desconfiança para quem não a usa. A máscara, adereço que se tornou obrigatório no dia a dia de grande parte da população mundial, nem sempre se destinou apenas a evitar a propagação de vírus e doenças. Em tempos, o objeto milenar brilhou nos anfiteatros da Grécia Antiga, nos palcos da ópera chinesa, foi elemento central em rituais tribais e conferiu dignidade a faraós, na sua última viagem para outra existência.
Um Mundo de Máscaras, mostra organizada pelo Museu da Farmácia em parceria com o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, o Museu da Marioneta, o Museu do Oriente e o Museu Nacional de Etnologia, pretende estabelecer uma ponte entre este passado e a presente realidade de pandemia.
Através de 30 modelos de máscaras, provenientes do espólio dos cinco museus, fica-se a conhecer rituais e tradições dos quatro cantos do mundo. De África e da América chegam, maioritariamente, máscaras associadas a rituais de cura, espirituais e mágicos; da Ásia, máscaras de teatros exorcistas, e, da Europa, máscaras de proteção medievais contra a peste negra, máscaras da vergonha, usadas como punição no século VII, e ainda máscaras antigás, do período da II Guerra Mundial.
Divididas por áreas geográficas, as máscaras são apresentadas através de galerias fotográficas e têm associado um link, que direciona para um documento explicativo, com informação mais detalhada sobre cada objeto. Ainda que se encontre, por agora, apenas disponível online, a organização espera abrir a exposição ao público ainda no decorrer deste ano.
Um Mundo de Máscaras > www.ummundodemascaras.com > até 31 ago > grátis