Olá! Eu sou a Leonor Teixeira, tenho 14 anos e a minha disciplina favorita é Matemática. Nos meus tempos livres gosto de jogar basquetebol, voleibol e de ler.
Vivo em Oliveira de Azeméis, que pertence ao distrito de Aveiro, situada na Grande Área Metropolitana do Porto. É sede de um município que tem 19 freguesias, 163,41 km² de área e cerca de 66 212 habitantes.
Frequento o Agrupamento de Escolas Ferreira de Castro, em Oliveira de Azeméis. O patrono da minha escola – Ferreira de Castro – um dos mais populares escritores do século XX, foi emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista. Os temas dos seus romances são um verdadeiro espelho da vida dos mais humildes. Escreveu os livros A Selva, Emigrantes, Eternidade, Terra Fria, A Missão, entre muitos outros.
Indústria em Oliveira de Azeméis
Em Oliveira de Azeméis, existem, sobretudo, as indústrias do calçado, da metalurgia e da metalomecânica (com especial destaque para os moldes para a indústria de plástico), do plástico (com destaque para os componentes para a indústria automóvel), dos produtos agroalimentares (laticínios da Queijaria da Casa Agrícola de Selores, em Ossela, por exemplo), do descasque e embalagem de arroz, da produção dos colchões, das confeções, dos cobres e das loiças metálicas (Fábrica Silampos).
A primeira fábrica de vidro em Portugal, a fábrica do Côvo, nasceu no século XVI, em Oliveira de Azeméis. Ao longo dos séculos, a indústria vidreira cresceu no concelho, influenciando o aparecimento de outras indústrias modernas, como a dos moldes.
O Berço Vidreiro é agora um pequeno museu-oficina onde se pode ver ao vivo a moldagem de peças, utilizando as técnicas e materiais tradicionais. Podes visitar este espaço onde se explica como se faz o vidro e como se lhe dá a cor. Aconselho uma visita a este local tão importante para o começo do fabrico do vidro.
No dia 21 de maio de 2019, foi realizado um projeto de candidatura da tradição vidreira e evolução industrial em Oliveira de Azeméis, a património cultural imaterial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. O objetivo desta candidatura é preservar a cultura do vidro e da tradição vidreira de Oliveira de Azeméis, procurando recriar a história desta indústria que, numa dada altura, foi «a grande empregadora no concelho».
Para descobrir mais sobre a indústria do vidro, tive a oportunidade de falar com o senhor Alfredo Morgado, artesão de vidro e responsável pelo Berço Vidreiro, que começou a trabalhar com 14 anos. O senhor Morgado mostrou-me como são feitas as peças artesanais, que aqui são produzidas, expostas e vendidas.
Tudo começa com a areia de sílica e outros materiais. A mistura das matérias-primas deve ser cozida a 1500 graus durante 7 hora; depois de arrefecer, a 1220 graus, pode retirar-se a mistura do forno e com uma cana que tem de se manter em permanente rotação e por onde se sopra e molda o material surgem peças transparentes e coloridas: uma jarra, um caracol, um cisne, uma taça e presépios simples e belos!
Apesar de ser uma arte já não muito usual, o senhor Morgado gosta bastante do que faz e espera que as gerações mais novas possam aprender e continuar o seu legado.
Parque Temático Molinológico
Os moinhos de Ul encontram-se no Parque Temático Molinológico de Oliveira de Azeméis, nas freguesias de Ul e Travanca.
O espaço é constituído por 11 moinhos de água (que foram recuperados) e é «um museu vivo» onde se recria todo o processo de secagem, moagem de cereais e o fabrico do tradicional pão de Ul e regueifa de Ul. Os visitantes podem assistir a todo o trabalho realizado pelas padeiras a confecionarem esta iguaria.
O pão e a regueifa de Ul são os principais alimentos que um típico oliveirense come, quer ao pequeno-almoço, lanche ou até no almoço ou jantar… Se um dia passares por Oliveira de Azeméis, não deixes de visitar este local. O cheiro do pão acabado de cozer é uma delícia!
Capela e Parque de La Salette
Dizem que, no ano de 1870, o país foi afetado por uma terrível seca e Oliveira de Azeméis não foi exceção. Então, a 5 de julho desse ano, decidiu fazer-se uma procissão com o Santo Cristo até ao Monte Crasto, a fim de pedir chuva.
Na verdade, a procissão chegou ao local e, nesse instante, começou a chover copiosamente e, parecendo a todos um facto milagroso, o Abade João José Correia dos Santos propôs a construção de uma Capela naquele local, e assim nasceu a Capela de Nossa Senhora de La Salette.
O Parque de La Salette foi criado a 7 de abril de 1909 e é o ex-libris da cidade, um local com 17 hectares. Quando faz muito calor, este espaço verde é muito agradável, porque tem muitas árvores que cobrem todo o monte. Do ponto mais alto deste monte, em dias de muita luz, avista-se, ao longe, a Ria de Aveiro.
A 27 de março de 2009, por altura do seu centenário, a mancha florestal do Parque foi classificada de interesse público pela Autoridade Florestal Nacional, sobretudo devido à diversidade de espécies, salientando-se a árvore-do-chá-australiana e a sequoia. Há também um lago, um chafariz e um coreto que tornam este espaço muito bonito!