Acabara de sair de casa, aquela cidade iluminava meus olhos.
Já de noite a luz da lua, batia com clareza na janela da minha sombra.
Sem saber para onde ir, comecei a caminhar em direção ao centro da cidade. De repente a minha sombra tinha-se afogado naquela calçada de Lisboa.
Fiquei triste, mas quando a primeira lagrima caiu sobre o chão, a minha sombra voltou a nascer, mas desta vez nasceu da cor de um diamante cor de mar.
Sentei-me numa pequena pedra para poder sentir o sofrimento de alguns, que sem uma migalha de pão, dormiam ali naquele lugar todas as noites.
E criando um amor com aquele lugar, jurei voltar ali todas as noites de luar.
Estava a ficar tarde, as ruas começavam a ficar desertas e as discotecas e bares calavam-se …
Não tinha coragem pra me levantar dali, e em pouco tempo passei a ser mendiga por vontade própria…