Apesar de ainda estarem ensonados quando se vestem de manhã, os irmãos Rúben e Rafael Inocêncio, de 12 e 7 anos, costumam jogar uma partida rápida de xadrez enquanto se preparam antes de irem para a escola. “Vestimos uma peça de roupa e fazemos uma jogada”, explica Rúben, com ar divertido.
Ambos jogam no clube CRD Cavaquinhas, em Vale Milhazes, Seixal. “O xadrez é um jogo de estratégia. É preciso estar muito concentrado porque uma jogada pode mudar tudo”, explica o irmão mais velho.
Confessa que fica nervoso antes dos jogos importantes, mas já encontrou algumas formas de descontrair: “gosto de chegar antes do adversário e de ficar a olhar para as peças. Nos jogos mais longos costumo levanta-me a meio e ir ver outras partidas”. Rafael, que começou a jogar há um ano, ainda não tem truques, e nem fica muito chateado se perder. Afinal, diz, “o xadrez é uma brincadeira”.
José Diogo Soares, 12 anos, vive em Ílhavo, Aveiro, e joga no Colégio Português. Começou há cinco anos, quando reparou que tinha um tabuleiro em casa. “O meu pai foi o meu primeiro mestre. Como sempre gostei de jogos mentais, foi fácil começar a gostar do xadrez”. José Diogo até já convenceu alguns colegas a inscreverem-se no clube.
Orgulha-se de dizer que já disputou uma partida de quatro horas! Garante que o xadrez é um ótimo jogo para acalmar, mas também tem outras vantagens: “ficamos com uma maior capacidade de concentração e a temos melhores resultados na escola. Principalmente a matemática”.
Rita Carvalho, 9 anos, não podia estar mais de acordo. Começou a jogar quando tinha 4 anos no Colégio Valsassina, em Lisboa, onde ainda estuda atualmente. “Jogar xadrez é como se fosse uma aula de matemática, mas mais divertido. Pensamos nas peças como se fossem números porque temos somar e subtrair o seu valor”, explica entusiasmada.
A amiga Inês Faria, 10 anos, também de Lisboa, aprendeu a jogar com o irmão mais velho há três anos. Antes achava que o xadrez era uma seca, mas assim que começou a jogar ficou apaixonada. “O xadrez é super divertido e não tem nada de seca”, garante Inês.
Rita afirma que nunca se cansa dos jogos, e Inês apressa-se a acrescentar que se alguém se sentir cansado pode levantar-se da cadeira sem problemas.
As duas amigas adoram pensar na estratégia do jogo. Rita usa os ensinamentos do xadrez no dia-a-dia: “devemos pensar antes de fazermos uma jogada. Tal como devíamos fazer na vida”.
Adoram o jogo, mas tudo teria muito menos graça se não fizessem amigos nos clubes e nos torneios. “A melhor parte é conviver com os amigos”. Mesmo sem a ouvirem, de certeza que todos os jogadores concordam com Inês.
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Xadrez em rede
Nem sempre é fácil encontrar um parceiro para jogar. Por isso, existem vários sítios na internetonde podes defrontar o computador, ou outros jogadores, gratuitamente: