Hoje, dia 3, é o segundo dia que a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, está fechada. “Não está ninguém na escola. Estamos nós, só os ocupas, alguns professores e auxiliares. Não há aulas a decorrer”, disse Leonor Pera, aluna daquele estabelecimento de ensino e ativista climática.
Esta ação faz parte de uma série de protestos organizados pelo movimento “Fim ao Fóssil Ocupa!”, que apela ao fim dos combustíveis fósseis. Leonor disse à LUSA, a agência de notícias portuguesa, que os ativistas tiveram uma reunião com o diretor da escola, Rui Madeira, na qual reinvindicaram que, no próximo ano letivo, o tema das alterações climáticas seja abordado nos 11.º e 12.º anos”.
Nessa reunião, os alunos concordaram em abrir a escola amanhã, pois os colegas do 12.º ano estão a preparar-se para as provas de aptidão artísticas, que são “muito importantes”. No entanto, Leonor Pera explicou que tudo será feito de forma simbólica: “Nós vamos fechar, mas vamos ser nós a abrir, ou seja, às 8h30 estamos a fazer barulho e a escola vai estar fechada, mas assim que os alunos chegarem somos nós que abrimos, como uma cerimónia de abertura.”
Mas, garante, os jovens ativistas não vão ficar por aqui.”Os protestos com tambores e megafones vão acabar amanhã [quinta-feira]. Mas vamos protestar de outra forma. Vamos colocar imensas faixas dentro da escola e vamos escrever um comunicado”, para ser lido nas aulas, adiantou aos jornalistas.
Segundo o movimento “Fim ao Fóssil Ocupa!”, as ocupações vão continuar em várias escolas e universidades, como no Liceu Camões, onde dormiram cerca de 40 estudantes e durante o dia de hoje houve concertos e palestras; na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa; Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa; Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e Faculdade de Letras da Universidade do Porto.