As urnas fecharam às 7 da noite e poucas horas depois ficávamos a saber quem vai governar o País nos próximos anos. A Aliança Democrática (constituída por três partidos: PSD, CDS e PPM) teve o maior número de votos, 29,49%, conseguindo eleger 79 deputados para a Assembleia da República.
Em segundo lugar, ficou o Partido Socialista (PS), com 28,66% dos votos e 77 deputados eleitos. O terceiro partido mais votado foi o Chega, com 18,06% dos votos, o que representa 48 deputados.
No momento em que escrevemos esta notícia, ainda faltam contar os votos dos emigrantes, que podem eleger 4 deputados, mas os resultados ainda vão demorar uns dias a chegar.
É a partir do resultado destas eleições que se vai formar o novo governo, que até aqui era do PS. Será o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a convidar o líder da AD, Luís Montenegro, a formar governo. E é o líder do partido vencedor que passa a primeiro-ministro.
O primeiro-ministro forma então a sua equipa, constituída por vários ministros. Ao governo cabem decisões que mexem com a tua vida, como as disciplinas que tens na escola ou o número de horas que passas nas aulas.
O que é a abstenção?
Uma boa notícia destas eleições legislativas é que desde 1995 que não iam tantos portugueses votar. Dos 9.139.117 eleitores inscritos, 6.051.460 foram às urnas. Feitas as contas, 33.8% dos eleitores não quiseram votar – a tal abstenção de que já deves ter ouvido falar.
Apesar de a abstenção ter baixado (nas últimas eleições legislativas a abstenção foi de 48,6% e em 2019 foi de 51,4%), a verdade é que mais de um terço dos eleitores não quis exercer um direito conquistado pelo 25 de abril: escolher livremente os seus representantes na Assembleia da República.