Não penses que só porque agora é jogador profissional e campeão nacional, o João nunca mais vai pensar na escola. Pelo contrário, tem planos para entrar na faculdade e voltar a estudar no futuro. Enquanto termina o Secundário, trabalha muito no relvado e para descontrair joga FIFA e Fortnite.
O que é mais importante para as crianças que jogam futebol?
O importante é divertirem-se ao máximo e serem felizes. Não vale a pena andarem no futebol por obrigação, como muitas vezes acontece, só porque os pais os puxam para ali.
O Benfica tem lançado muitos jogadores jovens na equipa principal. Essa aposta dá mais esperança aos mais novos?
Quem está nos escalões de formação tem o sonho de chegar à equipa principal e claro que, de vez em quando, ouvimos comentários como “Quero jogar no Estádio da Luz” ou “Quero jogar com o Jonas ou com o Pizzi”. Esta aposta nos jovens motiva ainda mais. Assim como vermos que já saíram jogadores da formação para grandes clubes na Europa.
E quais são as tuas maiores referências do Benfica, entre os jogadores do passado?
Pablo Aimar e Rui Costa, que jogavam mais ou menos na posição em que eu gosto mais de jogar.
E fora do Benfica?
Kaká, Thiago Alcântara e, mais recentemente, o Neymar.
Como te sentiste ao entrar no balneário da equipa principal do Benfica, com todos aqueles jogadores mais velhos e experientes?
Ao início, é um pouco estranho. Eram jogadores que estava habituado a ver na televisão. Eram ídolos e agora são amigos, e eu sou um deles.
Além do talento, o que é preciso para se chegar a jogador profissional?
Trabalho. Sem trabalhar ninguém consegue. As coisas não caem do céu, é preciso ir à procura delas.
Já concluíste o Ensino Secundário?
Falta-me acabar uma disciplina do 12.º ano. Nunca me dei bem com a Filosofia.A tua ideia é ficares pelo 12º ano?
Queria entrar na faculdade. Claro que seria difícil ir às aulas, agora que estou no futebol profissional, mas queria entrar e congelar a matrícula, para quando terminar a carreira no futebol poder retomar os estudos, se for necessário.
Tens algum curso preferido?
Qualquer um ligado ao desporto.
Sobre a escola, que conselhos deixas aos jovens que ambicionam ser futebolistas profissionais?
Têm de se aplicar na escola como se aplicam no futebol. Era assim que eu fazia, foi assim que os meus pais me ensinaram. A escola vai ser muito importante para a nossa vida, e é preciso trabalhar em todas as tarefas que tivermos.
É verdade que fazias sempre os trabalhos de casa no fim das aulas?
Se não os tivesse feito, o meu pai não me levava aos treinos de futebol.
A família tem sido importante no teu percurso?
Muito. O meu pai, a minha mãe e o meu irmão foram sempre os meus pilares. Tudo o que tenho e que conquistei se deve aos sacrifícios que eles fizeram. E foram muitos.
Como ocupas os tempos livres?
Gosto de comprar roupa e de jogar PlayStation, sobretudo FIFA, NBA e Fortnite.
Qual o teu maior sonho desportivo?
Ganhar uma Liga dos Campeões.
(Esta entrevista foi publicada na edição nº176 da VISÃO Júnior)