Em dias de festival de música, como o Rock in Rio Lisboa, a melhor maneira de lá chegar, é utilizando os transportes públicos. Toda a gente sabe, mas a organização do evento, que comemora o décimo aniversário, faz questão de sublinhar, a parceria Eu vou de metro, e volto de Carris, no seu site. Uma aventura que ontem, domingo, 25 teve início às 16h45, na Estação do Metropolitano de Lisboa, no Cais do Sodré.
A compra de bilhete, não demorou mais do que uns 5 minutos, porque não havia qualquer fila nas máquinas de pagamento. A viagem curta (custou €1,40), demorou cerca de 20 minutos, com a devida mudança de linha, da verde para a vermelha, na Alameda, e com lugares livres à disposição dos frequentadores. Só à saída, já na estação da Bela Vista, tive a sensação de estar a chegar à cidade do Rock, ao juntarem-se muitos festivaleiros nas escadas e na subida até aos portões de acesso.
Umas horas depois…
A saída do Parque da Belavista deu-se sensivelmente na terceira música de Ivete Sangalo. Mas não fui a única a abandonar o recinto a essa hora. (por isso, a culpa, é partilhada).
Às 00 e 24, entrei no autocarro da Carris que me levaria de volta ao Cais do Sodré e ocupo um dos muitos lugares livres, após comprar bilhete (€1,80). Já sentada – e mais quente, a temperatura rondava os 11, 12 graus – a descansar as pernas, faço a contagem dos passageiros: somos 12.
Uns minutos a seguir, um senhor simpático de farda azul da Carris, pede-nos para aguardar 5 minutos, na esperança que entrem mais pessoas. Às 00 e 35, e com o mesmo número a bordo, partimos.
Sete paragens depois avistei o Cais do Sodré, às 00 e 59. Era a última a abandonar a carreira especial, que irá funcionar nos cinco dias do festival Rock in Rio Lisboa (existe também o trajeto para o Oriente, no Parque das Nações). Se não fosse a quantidade de sinais vermelhos, teria sido ainda mais rápido. Era tão bom que os transportes públicos funcionassem sempre assim. Terá sido sorte? Como se deslocaram os cerca de 60 mil espetadores, que por lá andaram, talvez ainda continuassem a levantar poeira com a Ivete Sangalo?
Nesta quinta, 29, no dia dos já esgotados cabeças de cartaz Rolling Stones volto aqueles lados, da mesma maneira. Mas alguma coisa me diz que não terei sorte igual.