Numa pequena aldeia, escondida na galáxia AIRTEL, habitavam uns seres especiais que viviam, literalmente, nas nuvens. Eram pequeninos, voavam livres e alegremente sobre o “algodão doce”, mas não conheciam mais nada. Apenas se divertiam com o vapor de água que saía das chaminés das suas casas.
Estas criaturas não sabiam da existência de vida para além da sua aldeia, pois viviam presos sobre um campo magnético, que os impedia de deixar as casas onde viviam.
Apesar de livres e felizes, um dia apareceu um bom feiticeiro que os libertou do sufoco do campo magnético e eles não pensaram duas vezes em partir à descoberta de novos mundos, mesmo porque a sua curiosidade era aguçada, diariamente, pela observação de umas longas, longas, mas preciosas escadas que terminavam nas nuvens. Ver outros mundos, conhecer outros seres, partilhar conhecimentos passou a ser então o seu objetivo, uma espécie de portugueses descobridores, mas noutro espaço e noutro tempo.
Ao descer, ficaram fascinados com as cores quentes e vivas, a beleza da natureza e as criaturas enormes que corriam rapidamente de um lado para o outro como se não houvesse dia seguinte, os seres humanos. Admirados, tentaram estabelecer contacto com aqueles seres, mas depressa perceberam que nem todos eram afáveis, pois viram uns a lutar, outros a poluir a natureza e outros ainda a maltratar os animais.
Estes seres não quiseram abandonar o submundo que agora conheciam sem deixar a sua marca, pois eram tudo menos songamongas. Foi então que resolveram, com a ajuda do feiticeiro, marcar todos os seres indefesos, mesmo sem o seu consentimento. Esta marcação possibilitava-lhes serem absorvidos pelo campo magnético, em situação de perigo, e enviados para o mundo das nuvens, onde todos confraternizariam alegremente, sem receio de represálias, pois “andar nas nuvens” nem sempre significa estar alheado do bem coletivo, tudo depende da galáxia em que se vive!