Há um ano fora construído o Museu Português em Paris, na saída do metro Concorde, que os alunos de 8°ano da Secção Internacional Portuguesa foram visitar. Era um sábado de sol durante as férias. Estavam no metro, quando ele parou: as luzes apagaram-se e as portas abriram-se. O condutor pediu a toda gente para sair. Quando chegaram à superfície, constataram que o museu tinha DESAPARECIDO! Uma bomba explodira e os únicos sobreviventes pareciam ser as pessoas que estavam no metro. A cidade estava devastada ; alguns prédios continuavam de pé, mas quase a cair. Não se via ninguém.
– Temos que sair daqui!- disse o Joaquim. – Nós também vamos morrer!
– Temos que encontrar uma casa qualquer para poder comer e ficar alguns tempos até encontrarmos uma ideia! – exclamou a Clara.
– Eu sei para onde podemos ir – disse a Alice – para minha casa! Os meus pais foram para Portugal com a minha irmã.
– Boa ideia, mas quem cozinha?- perguntou a Maryline.
– O Joaquim sabe cozinhar, não é?- perguntou a Joana olhando para o amigo.
– É verdade! Sei cozinhar algumas coisas! – respondou o Joaquim.
– Então, vamos! – exclamou a Alice.
Já era quase de noite quando chegaram a casa da Alice : comeram, jogaram, e deitaram-se.
De manhã, o Alex acordou em primeiro porque tinha fome. Procurou em todo o lado algumas bolachas, mas só encontrou várias latas de uma bebida estranha. Acordou logo toda a gente porque tinha tido uma ideia.
– Olhem o que encontrei ! Está aqui uma bebida…
– E então ? O que é que isso tem de extraordinário ? Podes beber, mas eu quero dormir – disse o Gabriel.
– Eu tenho sono, estou cansado – acrescentou o Joaquim.
– Eu também! Deixa-me!- gritou a Alice.
– Porque é tu me acordaste só para dizer isto? – perguntou a Maryline.
– Calma! Está escrito nas latas que a bebida tem poderes mágicos, fazendo voar aquele que a beber. Ouçam bem! Bebemos esta bebida e depois vamos até Portugal para encontrar ajuda para reconstruir Paris.
– Boa ideia ! – disseram todos em coro, desta vez bem despertos.
Chegando a Portugal, o grupo de amigos foi procurar trabalhadores a quem pedir ajuda para reconstruir a cidade de Paris. Mas Portugal estava em crise, então ninguém podia trabalhar de graça. O problema é que os jovens não tinham dinheiro. Como não encontravam solução, decidiram regressar a Paris. Já não sobravam bebidas para todos, por isso, só dois podiam partir. Foi o Jonathan e o Alex que foram para Paris porque eles conheciam alguns bancos e iam tentar encontrar dinheiro.
Quando chegaram a Paris, foram à procura dos bancos, mas concluiram que estavam todos destruídos. Não sabiam onde achar esse dinheiro. Mas logo o Alex teve uma ideia e disse :
– Estou a lembrar-me que um amigo dos meus pais tinha um banco especial, que ajudava todas as pessoas com problemas.
– Talvez encontremos a solução para o nosso problema nesse banco ! – disse logo o Jonathan.
Encontraram facilmente o banco, abandonado, mas com os cofres cheios. Ficaram encantados. Encheram as mochilas e decidiram regressar imediatamente a Portugal para resolver o assunto. Não havia tempo a perder.
À chegada do Jonathan e do Alex, foi uma alegria. Agora, Paris já poderia ser reconstruída. Os amigos e os trabalhadores que eles contrataram deitaram logo mãos à obra. Decidiram construir túneis debaixo de terra. Depois, escavaram a terra para reconstruir a cidade de Paris. E pousaram uma placa de titânio em cima da cidade. Assim, se uma bomba voltasse a explodir, Paris não correria risco nenhum. Então, decidiram construir museus para que a cidade voltasse a ter turismo. Em seguida, a Joana, a Clara e o Gabriel foram a Bordéus encontrar alguns artistas, pintores, escultores e desenhadores. Encontraram alguns artistas para encherem os museus com obras e o que era bom é que eles não pediam dinheiro em troca. Por isso, os jovens ficaram muito felizes.
Passados uns meses, a cidade ficou acabada, e tudo entrou em ordem. Paris era uma cidade magnífica, ainda mais bonita do que a antiga. Havia grutas, túneis de plástico multicolores e luzes a decorar as casas. Os parques espreitavam por todo lado e as crianças brincavam livremente nas centenas de carrosséis espalhados pela cidade. Nos diferentes bairros, misturavam-se populações de todas as origens e havia festas multiculturais todas as noites. Era a cidade subterrânea mais visitada do mundo. Tudo graças a oito super-heróis !