Trabalho Vencedor
Os vencedores da iniciativa Agora o Escritor És Tu! continuaram o livro “A inaudita guerra da avenida Gago Coutinho”, fizeram perguntas muito giras ao escritor Mário de Carvalho.
Desde o acontecimento em que a musa Clio cruzou duas datas distintas ao tecer a milenária tapeçaria e foi privada de ambrósia dos deuses, esta foi substituída por outra deusa, Anouk, com os mesmos poderes que a anterior.
Certo dia estava a deusa Anouk sentada no seu cadeirão a continuar a tecelagem da imensa e interminável tapeçaria que a deusa Clio havia começado, quando sentiu uma enorme vontade de dormitar um pouco, pois o cansaço era bastante. Esta tentava combater o sono, mas em vão não o conseguiu fazer, acabando assim por adormecer.
Clio, que a observava atentamente ao ver os olhos da sua substituta fecharem-se, caminhou sorrateiramente até Anouk, e como queria voltar ao seu cargo, enleou dois fios, cruzando novamente duas datas distintas, 7 de agosto de 1177 e 25 de novembro de 2013.
O trânsito em Lisboa, mais precisamente na Avenida Gago Coutinho estava tranquilo até começarem a aparecer egípcios montados nos seus unicórnios. Vários automobilistas saíram dos seus automóveis reclamando com o sucedido e a polícia, comandada pelo sargente Manuel Toboscas, rapidamente interveio na situação, querendo saber se estava marcado algum desfile carnavalesco naquela zona.
Cas-ib-nillo, o comandante das tropas egípcias, elevou a sua espada no ar tentando intimidar aqueles que este achava que eram seus rivais, ou seja a população Lisboeta que se encontrava presa no trânsito da Avenida Gago Coutinho. Toboscas assustou-se com a atitude do comandante dos egípcios e rapidamente pediu auxílio ao comissário, Joaquim Cirilo que quando viu aquela balburdia instalada na Avenida Gago Coutinho escondeu-se atrás de um camião TIR, com medo. Toboscas ao aperceber-se que comissário se escondera, resmungou algo para si próprio e olhou em volta, observando os manifestantes vindos da Assembleia da República já perto de toda aquela confusão.
Estes movimentavam os seus braços que continham placas com palavras de ordem e desagrado perante a situação do país e eram acompanhados por jornalistas dos canais televisivos mais conhecidos.
Os jornalistas ao verem aquela grande balbúrdia, rapidamente correram até aos egípcios, pensando que estes faziam parte do desfile do grande estilista, Luís Buchinho, e começaram a fazer algumas perguntas às tropas chefiadas por Cas-ib-nillo, no entanto estes não sabiam proferir nenhuma das palavras que satisfizesse as suas perguntas e o inédito aconteceu, todos os telejornais abrem com a notícia “Luís Buchinho marca presença irreverente com desfile de moda na Avenida Gago Coutinho”.
Os egípcios, não entendendo a linguagem utilizada pelas pessoas que os rodeavam, juntaram-se aos manifestantes, pois pensavam que estes estavam contra o aglomerado de gente que estava sobre pressão no trânsito àquela hora na Gago Coutinho.
Manuel Toboscas, observava aquela grande euforia com um ar bastante irritado e ao mesmo tempo sério, retirou a sua arma, elevando-a no ar e movimentou o seu dedo até ao gatilho, pressionando o mesmo saindo um som perturbador da arma aos ouvidos de todas as pessoas. O barulho acabou.
A deusa Anouk abriu os seus olhos e reparou que dois fios estavam enleados, ao tentar desfazer aquele nó, acabou por trocar as linhas, fazendo com que os egípcios ficassem presos na data de 25 de novembro de 2013 e os lisboetas ficassem na data de 7 de agosto de 1177.
Ana Margarida A. Chorão, Inês Gil Machado, Maria Francisca T. de Pina.
8ºA
Escola Básica de São Miguel – Guarda